sábado, 22 de maio de 2010

Ademar Cruz - por email

Prezados organizadores do movimento contra o posto da 214 Sul,

Vejam, abaixo, teor de carta que enviei ao Correio Braziliense na semana passada, assim como de reclamação que havia dirigido ao Presidente do IBRAM, Gustavo Souto Maior Salgado, alguns dias antes da tentativa de homicídio de que foi vítima o Anísio Lemos.

Reitero minha solidariedade total ao movimento, ao Anísio e à sua família.

Abraços,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213



To: sredat.df@dabr.com.br

CC: grita.df@dabr.com.br; josemardantas.df@dabr.com.br; opiniao.df@dabr.com.br

Subject: Notificações ao IBRAM sobre violência sonora

Date: Mon, 17 May 2010 18:40:05 +0000

Senhores Editores,

Com referência à excelente cobertura do CORREIO sobre a brutalidade e a boçalidade de que foi vítima o Senhor Anísio Oliveira Lemos - com quem me solidarizo integralmente - basta dizer que a violência poderia ter sido evitada caso houvesse um mínimo de atuação das autoridades para atender às diversas reclamações dos moradores e trabalhadores que necessitam de um mínimo de paz para levar suas vidas, sem a agressão desses sons provenientes de automóveis e estabelecimentos comerciais inescrupulosos. Reclamações à polícia e ao 190 são sempre infrutíferas. O ônus de reprimir a bandalheira é da autoridade pública constituída (que recebe seus salários para tal), e não dos cidadãos individualmente, pois estarão sempre expostos aos riscos à integridade física que efetiva e infelizmente acabam por se verificar.

Para conhecimento, informo teor de e-mail enviado à Presidência do Instituto Brasília de Recursos Ambientais (IBRAM), na semana retrasada, exatamente sobre o tema que levou à agressão covarde da 214 Sul, que entretanto nunca teve resposta.

Compreendo que o órgão disponha de pouquíssimos recursos para atuar caso a caso, mas uma política firme e dura do governo distrital contra o barulho ajudaria a dissuadir os violadores do direito ao descanso e ajudaria a criar uma nova cultura de respeito ao meio ambiente e ao silêncio no Distrito Federal.

Cordiais saudações,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213 Sul - Brasília


"Ilustríssimo Senhor

Gustavo Souto Maior Salgado

Presidente do Instituto Brasília de Recursos Ambientais (IBRAM)

Senhor Presidente,

Escrevo para pedir a gentileza da atenção de Vossa Senhoria quanto a um problema crônico e grave que vem assolando Brasília e, sobretudo, as cidades-satélites nos últimos anos. Sabe-se que a Capital Federal disfruta, de modo geral, de boa qualidade de vida no tocante à preservação ambiental, em termos de baixa poluição atmosférica, de suas áreas urbanas, sobretudo quando comparada com outras metrópoles brasileiras. Há um total descontrole, por outro lado, quando ao abuso de sons automotivos por parte de motoristas autoritários e desrespeitosos, que deixam o som ligado, ao estacionar ou em trânsito pelas vias públicas do DF, em volumes incompatíveis com o decoro e com o direito dos cidadãos ao descanso, sobretudo em horas da noite.

O transtorno é insuportável sobretudo para os que, como eu, necessitam ganhar a vida com estudo e reflexão, o que se vem tornando progressivamente inviável com a repressão insuficiente a esse tipo de prática irracional, que infelizmente é cada vez mais freqüente no DF.

Possíveis soluções poderiam compreender desde a obrigatoriedade de aposição de placas tais como "Proibido som automotivo" em locais de circulação pública (para dissuadir os infratores contumazes), tais como postos de gasolina, entrequadras do Plano-Piloto e áreas comerciais das cidades satélites, atentando sobretudo para o disposto na Lei Distrital 4.092/08; instruir a Polícia Militar a fazer cumprir o disposto do inciso III do artigo 42 da Lei de Contravenções Penais, assim como os diversos artigos do Código Nacional de Trânsito que buscam reprimir essa prática bárbara.

Nesse sentido, agradeceria os comentários, esclarecimentos e providências de Vossa Senhoria no tocante às medidas que poderão ser adotadas (e sabendo da situação de carência de recursos que afeta o IBRAM) para que os perpetradores dessas agressões contra os moradores do Distrito Federal ao menos se intimidem com a perspectiva de uma maior fiscalização e repressão a essas desídias. Como é do conhecimento de Vossa Senhoria, além de todos os transtornos emocionais e físicos causados pelos infames sons automotivos em via pública, essa prática, ao levar a noites mal dormidas e à baixa concentração, induz à baixa produtividade laboral e à ineficiência da prestação de diversos tipos de serviços, exercidos por profissionais que, como eu, estão diuturnamente expostos a tal absurdo.

Grato pela atenção e saudações cordiais,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213 Sul - Brasília"

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