segunda-feira, 24 de maio de 2010

Governador Rogério Rosso prometeu mudanças. Vamos cobrar!

POLUIÇÃO SONORA »
GDF fará novo planejamento das unidades comunitárias de segurança

Objetivo é evitar casos semelhantes ao do homem agredido no último sábado. Antes de ir sozinho pedir silêncio ao grupo de rapazes que o atacou, ele havia buscado apoio de policiais militares

Noelle Oliveira
Publicação: 21/05/2010 07:54 Atualização: 21/05/2010 08:01

Posto de combustível da 214 Sul, onde o movimento está reduzido: vinha da loja de conveniência o som alto que incomodou Anísio Lemos

Momentos antes de ser espancado por pedir silêncio a um grupo de rapazes no posto de combustíveis da 214 Sul, o tenente da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, procurou ajuda. Dirigiu-se ao Posto Comunitário de Segurança da Polícia Militar na 216 Sul e lá ouviu que os soldados não poderiam deixar o local desguarnecido. Lemos ficou desamparado e essa queixa é uma das mais comuns entre quem recorre às unidades. Por conta do grave episódio do último fim de semana, o governador Rogério Rosso pediu à corporação que faça um novo planejamento dos cerca de 100 postos comunitários existentes no DF. O documento será apresentado nos próximos 20 dias. A primeira mudança deve ocorrer justamente no da 216 Sul, no qual os policiais visitarão moradores e comerciantes para conhecer a realidade das quadras.

O efetivo também aumentará, com a convocação de 500 militares da reserva destacados exclusivamente para os postos. Porém eles só começarão a trabalhar daqui a oito meses, prazo do curso de formação. Com a medida, a PM tem por objetivo se aproximar da população, para que casos como o de Anísio Lemos não se repitam. “Se (o posto de segurança) não está funcionando da forma como deveria, o comandante da PM vai apresentar uma mudança de curto prazo para alterar e melhorar o atendimento. Se for preciso, vamos chamar policiais reformados, fazer integração, enfim, uma série de ideias que debateremos com calma”, comentou Rosso.

Laudo

Também ontem, o Instituto de Medicina Legal (IML) entregou à Polícia Civil o laudo que comprovou as agressões sofridas pelo oficial da Aeronáutica. De acordo com o documento — que não possui fotos, somente descrições —, a região mais atingida foi a cabeça da vítima. A maioria dos registros é de hematomas, cortes e arranhões. Segundo o IML, as lesões não poderiam causar a morte do militar.

Mesmo assim, a polícia defende que a vítima sofreu uma tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e sem chance de defesa, já que, de acordo com a dinâmica dos fatos — de sucessivas agressões desde o posto até o prédio onde vive o oficial, no Bloco K da SQS 214 — os agressores só pararam de espancar Lemos após a intervenção da mulher dele. Se a familiar não tivesse chegado, acredita o delegado-chefe da 1ª DP (Asa Sul), Watson Warmling, provavelmente o ritual de covardia continuaria, podendo levar o militar à morte. “Eles assumiram o risco de matar a vítima”, considerou.

Até o momento, já foram indiciados Daniel Benquerer, 23 anos, filho da dona do posto de combustíveis e um dos principais agressores, e Edécio Borges, 22, que também participou do espancamento imobilizando a vítima pelo pescoço. Borges já tinha passagens pela polícia, inclusive por perturbação do sossego e da tranquilidade alheios. Os investigadores continuam fazendo o trabalho de reconhecimento de suspeitos, mas nem o militar nem outras testemunhas conseguiram apontar novos envolvidos. “A própria vítima se sente mal por não conseguir ajudar na identificação, mas isso é normal, já que o fato foi muito rápido”, disse o delegado.

Os policiais trabalham agora com a análise quadro a quadro das imagens das câmeras de segurança do bloco onde ocorreu a agressão, mas o vídeo não tem boa qualidade. Ontem, a polícia recebeu mais imagens do prédio, mas devido à grande distância em que foi feita a gravação, elas não poderão ser úteis para as investigações. Em uma das cenas, uma mulher de roupa preta aparece segurando um dos agressores. Ela estaria tentando apartar a briga e não é investigada.

Enquanto isso, no posto de combustíveis da 214 Sul, o movimento de clientes é reduzido — um boicote foi organizado por internautas. Segundo uma das funcionárias, a proprietária do posto permanece no local durante o dia, mas passou a recomendação de que não se pronunciará. Daniel também visita o estabelecimento, mas com menor frequência. O celular dele, por sua vez, está sempre desligado. Na residência do acusado, na Asa Norte, o único recado dado por uma voz feminina que se identifica como empregada da casa é de que ninguém está no local.

Posto comunitário de segurança da PM: existem cerca de 100 no DF

Os vizinhos do agressor preferem não comentar o assunto. “A gente fica em uma situação complicada, foi errado o que ele fez, mas o moço mora aqui no prédio”, limitou-se a dizer um morador da mesma portaria que Daniel. Para um amigo pessoal, Daniel defendeu a versão de que tentou evitar que o oficial Anísio Lemos fosse agredido. “Ele disse que o cara desacatou o pessoal, que queria apaziguar a situação e que ele (Daniel) correu para separar a briga, mas acabou se envolvendo como a gente mesmo viu nas imagens”, afirmou o amigo do acusado. Nota do Blog: Agora Daniel "virou" protetor de Anízio. Era só o que faltava!

Exames

O militar Anísio Lemos passou a tarde de ontem descansando após realizar pela segunda vez exames oftamológicos para avaliar sequelas das pancadas, como deslocamento da retina. Ele reclama estar com dificuldades para enxergar, mas ainda não sabe se isso se trata de um efeito do trauma. O oficial não teve acesso ao laudo do IML que detalha as agressões. “Estou me recuperando, mas só vou fazer um exame mais específico na próxima semana. Ainda não tomei conhecimento do laudo, mas com certeza ele será usado para o meu embasamento”, disse Lemos.

Depois da conclusão, o inquérito policial que investiga a violência contra o oficial da Aeronáutica será enviado ao Ministério Público, que pode abrir processo contra os jovens agressores. Se condenados pela tentativa de homicídio, os réus estarão sujeitos a 10 anos de prisão. Se os acusados do ataque também forem condenados ao crime de dano ao bem público, eles poderão pegar mais três anos de detenção. “Estamos trabalhando para checar novas denúncias e contamos com a ajuda da população”, afirmou o delegado Watson. Denúncias anônimas sobre o caso podem ser feitas pelo telefone 197.

O número

500

Quantidade de policiais militares da reserva que serão convocados a trabalhar nos postos comunitários de segurança

Memória

Dois são indiciados

O tenente da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, foi ao posto de combustível que fica em frente ao seu prédio, no Eixo L Sul na altura da Quadra 214, por volta das 3h do último sábado, para reclamar com o gerente do estabelecimento, Daniel Benquerer Costa, 23, do som alto que estava ligado na loja de conveniência. Mas o militar foi agredido pelo gerente, que é filho da proprietária do posto, e por outras quatro pessoas. Lemos tentou fugir, mas os agressores o perseguiram. Além de receber vários socos, o tenente foi arremessado contra uma portaria de vidro do prédio onde mora. Quatro acusados de agressão fugiram e um permaneceu no lugar. O militar foi socorrido pela mulher. Daniel se apresentou à delegacia e assumiu as agressões, dizendo não conhecer os outros participantes da briga. Ele e Edécio Borges, 22 anos, também suspeito de bater no militar, foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado. Ainda falta identificar três jovens que se envolveram no espancamento.

domingo, 23 de maio de 2010

Fotos da Manifestação de 22/05/10. Crédito: Marcelo Ferreira/Correio Braziliense

Faixa de Boicote

Matheus Alves Lemos, filho de Anizio Oliveira Lemos, agredido

Matheus

Matheus

Fachada do Posto 214 sul

Matheus

                                Rosemeri Alves Lemos, esposa de Anizio Oliveira Lemos, agredido após reclamar do barulho no Posto 214 sul               

Jornal Alô Brasília linkou nosso Blog e Comunidade

CORRENTE

Boicote ao posto da 214 Sul

22/05/2010 11h59

Allan Costa
alan.costa@jornalalobrasilia.com.br

Começou a circular na internet um e-mail incentivando o boicote ao Posto de Gasolina da 214 Sul. A corrente tem como finalidade fazer com que as pessoas evitem abastecer, trocar óleo ou mesmo lavar o veículo no local. Tudo devido ao espancamento de um militar cujo dono do posto e outros quatro rapazes são acusados de ter cometido. O crime aconteceu no último sábado. Além do e-mail, foram criados um blog e uma comunidade no site de relacionamentos Orkut pedindo a mobilização de toda comunidade contra esse tipo de violência.

No blog (http://www.posto214sul.blogspot.com/ ), o manifestante diz que não é parente e nem conhece a vítima agredida. E que o intuito do site é solidarizar contra qualquer tipo de agressão que tente rebaixar um ser humano. O criador do site pede que as pessoas se mobilizem e protestem contra esse tipo de vandalismo. Na comunidade do Orkut, “Posto 214 Sul nós boicotamos”,(http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=101961308&refresh=1 ), existe um tópico convidando as pessoas para participarem de uma manifestação a ser realizada no próximo sábado (22) no posto. O e-mail está sendo repassado de uma pessoa para outra e já formou uma corrente com grande mobilização de usuários da internet que se uniram pela causa.

Freio nas baladas

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Freio nas baladas nos postos de gasolina

Após a agressão contra militar na 214 Sul, no fim de semana passada, as algazarras diminuíram no Plano Piloto, mas nas demais regiões administrativas ainda ocorrem. O Correio percorreu 20 estabelecimentos de quinta para sexta. Dois deles viraram boates na madrugada

Juliana Boechat
Luiz Calcagno

Publicação: 23/05/2010 06:44 Atualização: 23/05/2010 07:56

Após receber reclamações de moradores de todo o DF sobre postos de gasolina e supermercados que funcionam como boates a céu aberto na madrugada, o Correio fez uma ronda, de quinta para sexta-feira, em pelo menos 20 estabelecimentos. A equipe percorreu o Plano Piloto, Guará, Taguatinga e Ceilândia e constatou que, após a violência sofrida pelo tenente da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, que foi ao posto da 214 Sul pedir que baixassem o volume e foi espancado no último dia 16, os encontros nesses locais durante a madrugada diminuíram na capital. Porém, em outras regiões administrativas, as festas continuam.

As reclamações da comunidade são idênticas: bebidas e carros de som nas madrugadas, de quinta a domingo. Em alguns locais, segundo populares, as festas ocorrem em outros dias da semana. Em geral, os grupos que se reúnem nos postos se conhecem no local, mas sabem qual estabelecimento é conivente com o comportamento proibido pela legislação — no DF, é proibida a venda de bebidas alcoólicas nos postos, após as 22h.

Dos estabelecimentos visitados pelo Correio, dois estavam ocupados por pessoas que chegavam com cerveja e carros com som alto pouco depois de 1h. Em ambos os casos, a música e a bebedeira ocorreram próximo a residências. O último posto da Avenida Samdu Norte, em Taguatinga, no cruzamento que liga a pista à Avenida Hélio Prates, em frente à 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), o consumo de bebida era generalizado. Um carro de som animava os clientes e os frentistas trabalhavam como se nada acontecesse.

No local, duas garotas dançavam ao lado do carro. Em certo momento, um dos clientes subiu no veículo e dançou sobre o capô. A medida em que o tempo passava, mais carros estacionavam no local. A turma, em sua maioria, já chegava com latas de cerveja nas mãos. Um homem desembarcou no posto com uma garrafa de conhaque e dividiu com o grupo. A reportagem ficou no local por cerca de meia hora. Os frequentadores que saíam viram a equipe do Correio. Eles passavam gritando ou buzinando e anunciavam a presença do carro do jornal. A festa seguiu madrugada a dentro.

Barzinho

No segundo posto, na QNM 34, em Ceilândia, esse ainda mais próximo a área residencial, o Correio pôde ver como começa a diversão nos estabelecimentos. O aspecto da loja de conveniência era o de um barzinho, com mesas e pessoas bebendo. O repórter foi até o local e, sem se identificar, pediu duas cervejas. Embora passasse de 1h, foi atendido. Perguntou a um atendente se ele passava a compra no cartão. Ele respondeu que só recebia em dinheiro, a não ser que o cliente aproveitasse para abastecer o carro. Uma das mesas estava repleta de garrafas e latinhas de bebida alcoólica.
Minutos depois, um casal chegou em um Palio equipado com caixa de som potente. O homem, que estava com bebida, estacionou e abriu o porta-malas. O grupo que estava na loja de conveniência cresceu. O dono do carro conversou com alguns deles, voltou, manobrou e aproximou o veículo das pessoas que estavam nas mesinhas. Outros dois carros chegaram em seguida e estacionaram na entrada do posto. Motoristas e passageiros bebiam. Em nenhum dos casos, a Polícia Militar passou pelo local.

Frentistas e atendentes de lojas de conveniência mantêm o silêncio, com medo de represálias dos patrões. Os trabalhadores, no entanto, também sofrem com as algazarras. São obrigados a trabalhar com som alto, lidar com pessoas embriagadas e arcam com as despesas de danos e produtos que não foram pagos. Para Carlos Alves do Santos, presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis do DF (Sinpospetro-DF), as festas, por mais incômodas que sejam para a população e para os empregados, são fonte de lucro para os patrões e vão continuar.

De acordo com o coronel da Polícia Militar Carlos Alberto Teixeira Pinto, chefe da Comunicação Social da PM, a corporação tem um plano de ação para cada batalhão. Segundo ele, a iniciativa visa coibir furtos e roubos a postos de combustível, e, consequentemente, reprime algazarras. O coronel ressaltou, no entanto, que a competência de fiscalizar festas é da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) e das administrações regionais. “Recomendamos que os moradores se organizem, caso se sintam incomodados pelo som de um estabelecimento, e procurem diretamente a Agefis e a administração para que providências sejam tomadas”, disse.

O QUE DIZ A LEI

A Lei Distrital nº4.092/08, conhecida como Lei do Silêncio, considera poluição sonora a emissão de sons nocivos à saúde, ao bem-estar e à coletividade. Ela limita os níveis de intensidade do som para cada área da cidade de acordo com sua destinação, e define que os donos de estabelecimentos com nível de pressão sonora acima de 80 decibeis avisem aos clientes sobre danos à saúde. A lei proíbe carros de som em áreas residenciais ou escolares e exige o isolamento acústico para casas noturnas. A multa para quem desrespeita a norma pode variar de R$ 3 mil a R$ 20 mil. Quem for notificado também pode ser preso por crime de desobediência, caso insista em manter o som.

Palavra de especialista

Aposta na impunidade

“Esse comportamento transgressor é recorrente e está ligado a uma cultura antiga de fazer pegas na rua. Isso tem desde o início da cidade, principalmente no Plano Piloto. Como a fiscalização não funciona, os usuários dos postos sabem que podem barbarizar. O comerciante, por sua vez, está lucrando. O prejudicado é quem paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), liga para o 190 e não é atendido. Surge um descrédito e, muitas vezes, a pessoa tenta resolver o problema de outra forma. Além disso, não há regulamentação da Lei do Silêncio, não há fiscalização. A incompetência do GDF é assustadora. Não é um problema somente policial, mas ambiental, e tem que ser tratado dessa forma. É preciso dotar o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) de mais condição de fiscalização e as administrações regionais devem ser mais rigorosas na liberação de alvarás e na fiscalização.”

Antônio Flávio Testa, sociólogo, antropólogo e cientista político – professor da Universidade de Brasília (UnB)

Moradores pedem boicote
Saulo Araújo

A movimentação anormal para um comércio bem localizado tinha um motivo: em frente ao estabelecimento, no Eixinho, moradores da quadra faziam um protesto pedindo que os condutores não abastecessem no lugar. Durante a manifestação nenhum carro entrou no posto da 214 Sul, na manhã de ontem. Foi lá que começou uma discussão por conta do som alto, que culminou em uma selvageria, na madrugada do último sábado. Cinco jovens não gostaram quando o tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) Anísio Lemos, 46 anos, pediu para que eles diminuíssem o volume que vinha dos carros estacionados no local. Após um bate-boca, o quinteto perseguiu o militar até a portaria do seu prédio, que fica em frente ao posto e começou a espancá-lo. Anísio tentou ponderar, mas recebeu vários socos e chutes que deformaram seu rosto.

A violência despertou a revolta tanto das pessoas que moram na quadra, quanto de anônimos, que queriam expressar sua indignação contra o ato de brutalidade, onde um dos autores é o gerente do posto, Daniel Benquerer, 22(1). Munidos de faixas de protesto e panfletos, os manifestantes paravam os carros e relatavam o ocorrido no posto. Eles conseguiram atingir o objetivo. Pelo menos na parte da manhã, o estabelecimento ficou às moscas. Era raro algum motorista abastecer. Alguns chegavam a parar ao lado das bombas, mas deixavam o local quando tomavam conhecimento do fato. “É neste posto que estavam os homens que quase mataram meu marido”, dizia a bancária Rosimeri Alves Lemos, 46, esposa de Anísio. Segundo ela, a ação é uma resposta ao estado, que não agiu quando deveria. “Essa é uma mobilização da cidade contra a violência. Que o Anísio seja um marco na luta contra a falta de respeito. Queremos mostrar, com isso, que o nosso desejo é ter uma polícia preventiva e não apenas elucidativa”, destacou.


O vice-presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, Artur Benevides, promete que esse não será o único protesto. Hoje, às 9h, está previsto um novo ato, no Eixão do Lazer, na altura da 214 Sul. Os integrantes do movimento pretendem recolher mil assinaturas e levá-las aos órgãos como Secretaria de Segurança, Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Polícia Militar, entre outros. “A ideia é chamar a atenção para um problema crônico, que é falta de limites de bares, postos de gasolina, supermercados e outros estabelecimentos situados em áreas residenciais que não respeitam os moradores”, afirmou Artur.


Mudança

A família Lemos já cogita a hipótese de mudar de endereço após a agressão. A esposa do militar, Rosimeri, diz que teme pela integridade dos dois filhos, principalmente porque três dos envolvidos no espancamento ainda não foram identificados pela polícia. “Eu já manifestei a ele (Anísio) a preocupação com os nossos filhos. Os dois fazem faculdade, chegam tarde em casa e eu não sei exatamente o grau de periculosidade desses delinquentes que ainda estão soltos. Foi uma invasão ao nosso emocional muito grande e cogitamos a possibilidade de nos mudarmos daqui. Queremos retomar a vida tranquila que nós tínhamos”, desabafou a bancária.

O filho de Anísio, Matheus Alves Lemos, 22, disse que apoia a decisão dos pais de deixar o lugar onde moram há 16 anos. “Não sei se vai ser melhor sair daqui, mas apoio qualquer decisão que eles (pais) tomarem. O mais importante agora é reagir a essa violência que quase matou meu pai. Em nenhum momento ele foi reclamar como oficial da Aeronáutica, foi reclamar como cidadão, que queria ter os seus direitos respeitados. Não podemos admitir que esse crime fique impune”, disse.

O militar preferiu acompanhar o manifesto pela janela do prédio. Ao Correio, ele disse ainda não entender por que os jovens reagiram com tanta agressividade. “Eu só pedi que eles abaixassem o som, como já tinha feito antes. Não entendi a forma como eles me receberam. Pareciam que queriam me matar”, lembrou.

1 - Investigação

A Polícia já identificou dois dos cinco agressores do oficial da Aeronáutica Anísio Lemos, 46 anos. São eles, Daniel Benquerer, 23 e Edécio Borges,22. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa. Eles também responderão pelo crime de depredação do patrimônio público, pois a vidraça do prédio foi quebrada durante o espancamento contra Anísio. A polícia já tem suspeita dos envolvidos foragidos, mas trabalha em sigilo para não prejudicar as investigações.

Operação nos postos

Depois de o Correio denunciar que alguns estabelecimentos comerciais desrespeitam os moradores de várias cidades do Distrito Federal, o poder público decidiu agir. Na noite de sexta-feira última, a Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops), a Polícia Militar e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) deflagraram uma operação para identificar casos de poluição sonora, venda de bebida alcoólica depois do horário permitido em postos, e outras irregularidades. O balanço final da ação resultou em 82 veículos notificados por estacionamento irregular, no Posto Flamingo, às margens da BR-020. A boate que fica no segundo andar do complexo comercial do posto foi reprovada no quesito barulho. A fiscal do Ibram Kênia Madoz usou um aparelho para medir a emissão de som. Os ruídos atingiram 90 decibéis, quando a média permitida para aquele tipo de ambiente deve ser de, no máximo, 60 decibéis. “O estabelecimento receberá uma advertência. Se houver reincidência poderá ser multado e até mesmo interditado”, explicou Kênia.

A força-tarefa também visitou postos de gasolina em Taguatinga, Núcleo Bandeirante, além das asas Sul e Norte, mas nada de anormal foi encontrado. De acordo com a comandante da operação, major Sheila Sampaio, a fiscalização objetivou coibir os excessos em alguns locais, principalmente os situados próximos a residências.

Fonte: Correio Braziliense - 23/05/10

sábado, 22 de maio de 2010

Agradecimento!

Agradecemos à midia brasiliense, que compreendeu a importância da situação e está desenvolvendo um jornalismo comunitário à altura dos anseios da população. E principalmente às pessoas participantes na Manifestação, na comunidade do Orkut, no Blog, nos e-mails, em seus twitter etc. O nosso "barulho" é sacudir as consciências, provocar o apoio da  mídia e cobrar das autoridades o cumprimento das leis! Este Blog não é feito só por mim. Eu apenas digito as letras. Este blog é feito por cada um de vocês ao me enviarem textos e fotos e opinarem que também "estão de saco cheio", que também querem dormir em paz para trabalhar/estudar no dia seguinte. Nós vamos pressionar até que se cumpram as leis!

01. Correio Braziliense: http://www.correioweb.com.br/
02. DF-TV, Bom Dia DF (Rede Globo): http://www.dftv.globo.com/
03. SBT: http://www.sbt.com.br/
04. Rede Record: http://www.rederecord.r7.com/
05. BandNews: http://www.bandnewstv.band.com.br/
06. TV Brasília: www.correioweb.com.br/tvbrasilia
07. Rede TV: http://www.redetv.com.br/

Alguns Postos colocam avisos - fotos de E.R.

Br Gasol QE 17 Guará II

                                                                     Posto - QE 23 Guará II

Responderão por tentativa de homicídio - Correio Braziliense linka nosso Blog

Os acusados de espancar um militar após ele ter pedido silêncio no posto da 214 Sul poderão pegar até 13 anos de prisão, caso condenados. A população reage à violência com um boicote ao estabelecimento

Luiz Calcagno

Publicação: 19/05/2010 08:02

A polícia teve acesso ontem ao laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que confirma as agressões sofridas pelo tenente da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, espancado no sábado após reclamar do barulho a um grupo de rapazes no posto de combustíveis da 214 Sul. De posse do documento, o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Watson Warmling, classificou a violência cometida contra o militar como tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima. A pena é de 10 anos de prisão. Somado ao crime de dano ao bem público, os agressores, se condenados, podem pegar até 13 anos de detenção. Indignada, a comunidade da quadra faz protesto conclamando os motoristas a boicotar o estabelecimento.

Inicialmente, o bando seria indiciado por lesão corporal. O crime é grave quando incapacita a pessoa por mais de 30 dias. A expectativa na 1ª DP era de que, no caso de Anísio, a lesão fosse leve. A pena então iria variar de três meses a um ano de reclusão. Mas para o delegado, agora está claro que os autores “assumiram o risco de causar o evento morte”. “Os autores agrediram a vítima, perseguiram, derrubaram o militar no meio do Eixinho L Sul, continuaram com as agressões no gramado em frente ao Bloco K e seguiram com a violência no prédio. Um deles, que era lutador de jiu-jitsu, sufocou a vítima. Eles só pararam quando a mulher do agredido chegou”, explicou Warmling.

As buscas por outros três autores das agressões continuam. Respondem em liberdade pelos crimes, por enquanto, Daniel Benquerer Costa, 23 anos, gerente do estabelecimento e filho da proprietária do posto, e Edécio Borges, 22. O delegado Warmling pediu ainda que a população auxilie a polícia por meio de denúncia anônima. O telefone é 197.

Alvarás cassados

O espancamento de Anísio motivou a cassação de cerca de 11 mil alvarás de funcionamento temporários. A maioria das lojas de conveniência de postos do DF — como a do estabelecimento da 214 Sul — está incluída nessa lista. A Administração de Brasília informou, por meio da assessoria de imprensa, que o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) determinou que o governo revogasse os documentos precários.

A administração vai elaborar uma lista a ser entregue à Agência de Fiscalização do DF (Agefis) para garantir que comércios irregulares sejam fechados. A Agefis se manifestou por meio de nota. Segundo o assessor Cláudio Caixeta, assim que o lojista for notificado, terá 30 dias para regularizar sua situação. Quem desobedecer terá o comércio interditado e levará multa entre R$ 500 e R$ 5 mil.

A população também resolveu agir. Há um forte movimento propondo o boicote ao posto de gasolina da 214 Sul. A ação se popularizou pela internet. Foi criado um blog (http://posto214sul.blogspot.com ) que sugere aos motoristas não abastecerem no estabelecimento, além de comunidades no site de relacionamentos Orkut e correntes de e-mail. Na manhã de ontem, um grupo de 20 moradores do Bloco K protestou em frente ao posto.

A mulher do militar agredido, Rosimeri Alves Lemos, 45, e o filho dele, Matheus Alves Lemos, 22, estiveram na manifestação. De acordo com Matheus, os pais estão recebendo apoio psicológico. A família aguarda o resultado de exames feitos no Hospital das Forças Armadas (HFA). “A vista do meu pai está comprometida e ele sente dores no ombro e no pescoço. Toda a família está emocionalmente abalada”, comentou.

Palavra de especialista

Barulho e estresse

“A questão da poluição sonora pode ser vista sob diversos ângulos. O problema da poluição em si, do ponto de vista da psicologia ambiental, é que o barulho é um dos maiores causadores de estresse humano. Não falo apenas do vizinho ou do problema com o posto de gasolina. Expor-se ao barulho constante de carros e ônibus é irritante. O bem-estar individual, a capacidade de produzir e de se concentrar fica prejudicada e até o relacionamento com o próximo é comprometido. Isso gera uma série de transtornos. No caso do militar, temos um fenômeno que não se restringe a barulhos, também temos um acúmulo de irritações. Existe um estudo de percepção de barulho em Brasília, que fala sobre o desamparo. É uma situação em que a pessoa sente que não adianta agir. Acontece que quando o problema é controlável, a pessoa reage de maneira diferente de quando tem a sensação de desamparo apreendido. O posto de gasolina, por exemplo, tinha como controlar o problema. Havia pessoas responsáveis pela poluição. Existem várias situações, algumas sem fim trágico, em que o vizinho reclama na casa ao lado. Ao que parece, o militar chegou a um ponto de estresse tamanho que ele resolveu ir lá pedir silêncio. Infelizmente, deu no que deu.”

Hartmut Günther, professor de psicologia social e ambiental da Universidade de Brasília (UnB)

Depoimento

Desabafo contra a impunidade

“A gente está passando da raiva à indignação. O que aconteceu não pode passar impune. Pedimos ajuda à polícia. Eu mesmo fui à 1ª Delegacia (Asa Sul), registrar ocorrência. Eu temia pela vida do meu filho, que já teve a mesma atitude do pai, de ir lá, pedir para baixarem o volume do som. Eles me ignoraram. A indignação que sinto é contra as pessoas, contra o Estado e contra a polícia. Nós somos inteligentes o suficiente para evitar o que aconteceu. Se meu marido está bem? Imagine um homem de 45 anos, pai de família, agredido por delinquentes. A moral vai lá embaixo. Eu não estou trabalhando, não estou dormindo à noite. Estou muito nervosa. A mãe não tem que dar um posto de gasolina para um filho, tem que dar um livro. Quero acreditar que a moral e a dignidade do meu marido serão resgatadas. Ele está com um dos olhos comprometidos. Quero acreditar na polícia. Quero acreditar que, agora, vai acontecer alguma coisa.”


Rosimeri Alves Lemos, mulher do militar agredido

Rafael Cruz - por email

Foi identificado mais um agressor, seu nome é: Edecio Rocha Aguiar, coloquei o seu nome no Google e apareceu: O motorista, Edecio Rocha Aguiar Borges, 21 anos, fugiu a pé do local. As vítimas foram levadas pelos bombeiros com fraturas expostas...

final de semana retrasado estavam fazendo um churrasco no posto da 214 sul, tinha tanto carro que estavam estacionando em cima da grama, liguei para os Bombeiros para fazer uma denúncia sobre fazer churrasco em posto de gasolina, mas nada fizeram, quem sabe se os bombeiros tivessem tomado alguma atitude, isso tudo seria evitado.

Leandro Freitas - por email

Uma rapida busca pelo sobrenome na internet e me deparei com isso:

http://www.tcu.gov.br/institucional/Ministros/Min-MBC.html

Não quer ser leviano, mas como fui aluno desse ser ai, posso declarar que ele é o tipo de pessoa que teria na família (seja filho, sobrinho, primo) alguem como esse marginal do posto

Archimedes Faria - por email

Parabéns pela iniciativa. Já passei para minha lista de mais de cem pessoas.

Gostaria de sugerir que ampliássemos o boicote, adicionando o seguinte texto:

PODERÍAMOS APROVEITAR O MOMENTO PARA BOICOTAR AS LOJAS DE CONVENIÊNCIA ATÉ QUE NOSSOS OPEROSOS GOVERNANTES (GOVERNADOR E DISTRITAIS) PROIBAM A VENDA DE BEBIDA NOS POSTOS DE GASOLINA. JÁ EXISTE SUPERMERCADO PARA ISSO!

Clébio Junior - por email

Gostaria de repassar a vocês o link do meu blog com o texto que escrevi sobre o episódio da 214 Sul.

http://lencoencarnado.blogspot.com/2010/05/sobre-formacao-e-o-posto-da-214-sul.html

Abraços e sucesso.

Ademar Cruz - por email

Prezados organizadores do movimento contra o posto da 214 Sul,

Vejam, abaixo, teor de carta que enviei ao Correio Braziliense na semana passada, assim como de reclamação que havia dirigido ao Presidente do IBRAM, Gustavo Souto Maior Salgado, alguns dias antes da tentativa de homicídio de que foi vítima o Anísio Lemos.

Reitero minha solidariedade total ao movimento, ao Anísio e à sua família.

Abraços,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213



To: sredat.df@dabr.com.br

CC: grita.df@dabr.com.br; josemardantas.df@dabr.com.br; opiniao.df@dabr.com.br

Subject: Notificações ao IBRAM sobre violência sonora

Date: Mon, 17 May 2010 18:40:05 +0000

Senhores Editores,

Com referência à excelente cobertura do CORREIO sobre a brutalidade e a boçalidade de que foi vítima o Senhor Anísio Oliveira Lemos - com quem me solidarizo integralmente - basta dizer que a violência poderia ter sido evitada caso houvesse um mínimo de atuação das autoridades para atender às diversas reclamações dos moradores e trabalhadores que necessitam de um mínimo de paz para levar suas vidas, sem a agressão desses sons provenientes de automóveis e estabelecimentos comerciais inescrupulosos. Reclamações à polícia e ao 190 são sempre infrutíferas. O ônus de reprimir a bandalheira é da autoridade pública constituída (que recebe seus salários para tal), e não dos cidadãos individualmente, pois estarão sempre expostos aos riscos à integridade física que efetiva e infelizmente acabam por se verificar.

Para conhecimento, informo teor de e-mail enviado à Presidência do Instituto Brasília de Recursos Ambientais (IBRAM), na semana retrasada, exatamente sobre o tema que levou à agressão covarde da 214 Sul, que entretanto nunca teve resposta.

Compreendo que o órgão disponha de pouquíssimos recursos para atuar caso a caso, mas uma política firme e dura do governo distrital contra o barulho ajudaria a dissuadir os violadores do direito ao descanso e ajudaria a criar uma nova cultura de respeito ao meio ambiente e ao silêncio no Distrito Federal.

Cordiais saudações,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213 Sul - Brasília


"Ilustríssimo Senhor

Gustavo Souto Maior Salgado

Presidente do Instituto Brasília de Recursos Ambientais (IBRAM)

Senhor Presidente,

Escrevo para pedir a gentileza da atenção de Vossa Senhoria quanto a um problema crônico e grave que vem assolando Brasília e, sobretudo, as cidades-satélites nos últimos anos. Sabe-se que a Capital Federal disfruta, de modo geral, de boa qualidade de vida no tocante à preservação ambiental, em termos de baixa poluição atmosférica, de suas áreas urbanas, sobretudo quando comparada com outras metrópoles brasileiras. Há um total descontrole, por outro lado, quando ao abuso de sons automotivos por parte de motoristas autoritários e desrespeitosos, que deixam o som ligado, ao estacionar ou em trânsito pelas vias públicas do DF, em volumes incompatíveis com o decoro e com o direito dos cidadãos ao descanso, sobretudo em horas da noite.

O transtorno é insuportável sobretudo para os que, como eu, necessitam ganhar a vida com estudo e reflexão, o que se vem tornando progressivamente inviável com a repressão insuficiente a esse tipo de prática irracional, que infelizmente é cada vez mais freqüente no DF.

Possíveis soluções poderiam compreender desde a obrigatoriedade de aposição de placas tais como "Proibido som automotivo" em locais de circulação pública (para dissuadir os infratores contumazes), tais como postos de gasolina, entrequadras do Plano-Piloto e áreas comerciais das cidades satélites, atentando sobretudo para o disposto na Lei Distrital 4.092/08; instruir a Polícia Militar a fazer cumprir o disposto do inciso III do artigo 42 da Lei de Contravenções Penais, assim como os diversos artigos do Código Nacional de Trânsito que buscam reprimir essa prática bárbara.

Nesse sentido, agradeceria os comentários, esclarecimentos e providências de Vossa Senhoria no tocante às medidas que poderão ser adotadas (e sabendo da situação de carência de recursos que afeta o IBRAM) para que os perpetradores dessas agressões contra os moradores do Distrito Federal ao menos se intimidem com a perspectiva de uma maior fiscalização e repressão a essas desídias. Como é do conhecimento de Vossa Senhoria, além de todos os transtornos emocionais e físicos causados pelos infames sons automotivos em via pública, essa prática, ao levar a noites mal dormidas e à baixa concentração, induz à baixa produtividade laboral e à ineficiência da prestação de diversos tipos de serviços, exercidos por profissionais que, como eu, estão diuturnamente expostos a tal absurdo.

Grato pela atenção e saudações cordiais,

Ademar Seabra da Cruz Junior

Morador da SQS 213 Sul - Brasília"

Ademar Cruz - por email

Prezados Senhores e Senhoras,

Recebam minha ampla e irrestrita solidariedade pela boçalidade da qual foi vítima o Anísio Lemos. Também tenho tido problemas na 213 Sul mas, por sorte, a reação dos donos de bares e postos da quadra normalmente é mais respeitosa e civilizada, quando vou reclamar do barulho e das farras promovidas por desocupados e marginais de classe média.

Estou inteiramente à disposição para apoiar no boicote ao posto da 214 Sul. Sugiro inclusive a abertura de um processo junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP), para descredenciar o posto e lacrar as bombas. Posso ajudar nisso.

O movimento de vocês é um exemplo e estou seguro de que terá grande impacto em todo o DF. Gerará uma mudança de valores e costumes que beneficiará a todos nós, a exemplo do respeito à faixa de pedestres.

Um abraço e muito êxito para todos,

Ademar Seabra da Cruz Jr.

SQS 213

Marco Aurélio Oliveira Lemos (irmão da vítima) - por e-mail

Quero parabenizar a iniciativa desse blog. A Família Lemos tem recebido muita solidariedade nesse momento. Estamos trabalhando para que os COVARDES AGRESSORES sejam punidos pelos seus crimes. Minha família viu as imagens pela TV e ficamos extremamente chocados. Estamos em Brasília para TOTAL apoio ao nosso irmão. Um Homem íntegro e excelente Chefe de Família. Tentativa de Homicídio é o crime que esses covardes deverão responder na Justiça. Na manifestação do dia 22 de maio, queremos a PAZ e JUSTIÇA.

Wallace Lucio - por e-mail

oi pessoal eu sou estudante tenho 16 anos é fiquei super ,indignado com
a noticia do espancamento do militar pois nós somos cidadoês é temos direitos de
ir lá e pedir para a baixar o som ;Manifestação de boicote ao posto da 214 sul, sábado, 10h. Compareçam, vamos fazer justiça nâo podemos ficar parados

wallace lucio

Não quero minha vida igual a tudo que se vê

Matheus Lemos (filho da vítima) - por email

Amigo (a),

Gostaria muito de agradecer sua iniciativa. Não vou pedir para você se identificar até por respeito e entender que você possa desconfiar.

Mas como você viu meu sobrenome leva o nome da vitima. Sim, sou filho do tenente Anizio Oliveira Lemos (é o nome dele é com Z, enfim mas nao importa =D)

É de pessoas assim que o mundo precisa! ou pelo menos nossa cidade que tem uma elite jovem tão alienada e desmoralizada. Sou jovem também, tenho 22 anos e seria INCAPAZ de fazer a mesma coisa que fizeram com meu pai.

Espero você na manifestação. Gostaria de conhecê-lo pessoalmente lá, unicamente para agradecer.

Att,

Matheus Alves Lemos

Taiana Monteiro - por email

Olá! Estou nessa luta com vcs! E espero que esses playboyzinhos realmente paguem pelo que fizeram. Gostaria de trazer uma informação, assim como vcs colocaram o nome completo de daniel, vamos divulgar o do outro tb. O nome é Edécio Rocha Aguiar Borges e se vc colocar no google esse nome aparece que na lista de Direito da Upis. Eles têm que ser punidos, nem que seja pelo desprezo da sociedade, vamos divulgar!!!!!

Até mais.

Ricardo - por email

Pessoal, meu blog (www.fotoseletras.blogspot.com) está apoiando o boicote ao Posto da 214 Sul. Pelas características dos antecedentes, esse estabelecimento se tornou símbolo de desrespeito público, transgressão explícita, violência ao vivo, ameaça social e, acima de tudo, reduto de moleques malditos e de castas de prepotência da capital federal que nós, moradores do DF, devemos combater.

Ricardo

José Augusto - por email

Parabéns pela iniciativa deste blog.

Sou partidário da não violência e, também, solidário ao boicote ao posto de gasolina da 214 sul.

Viva a paz.

José Augusto.

Pimentone Ramos - por email

Parabéns pela iniciativa, este cara merecia passar alguns dias na papuda para ver o que é bom para tosse.

Temos que boicotar totalmente, eu raramente passo por este posto, mas agora é que nunca mais passarei.

Se fizermos o que você fez em outros assuntos poderemos ir mudando este país, vai ser demorado, talvez meus netos, mas temos que ter uma iniciativa, trabalho a 35 anos na área de informática e desde 1996 na Web, ela vai revolucionar cada vez mais o comportamento das pessoas.

Um abraço,

Pimentone

João Silva Campos - por email

SR ADMISTRADOR DO BLOG.
MEUS PARABENS PELA NOBRE ATITUDE.
MOREI NESTA QUADRA, BLOCO "J" ATÉ 2003.

GOSTARIA DE SUGERIR QUE VOSSA SENHORIA CONVOCASSE A QUADRA E A CIDADE PARA UMA "MANIFESTAÇÃO", PACÍFICA É CLARO, COM CONVITE À IMPRENSA LOCAL, E APOIO DA POLICIA (SE FOR O CASO DELES ATENDEREM) PARA O PROXIMO DOMINGO, APROVEITANDO O "EVENTO EIXÃO DO LAZER".

SUGIRO AINDA QUE OS PARTICIPANTES COMPAREÇAM TRAJANDO ROUPAS BRANCAS (CAMISETA).

NADA PODE IMPEDIR O PROTESTO DE UMA CIDADE REVOLTADA COM TANTA COVARDIA.

AFINAL, NÃO HAVERÁ PROBLEMAS DE TRANSITO, UMA VEZ QUE O EIXÃO ESTARÁ FECHADO.

ESTOU "PLUGADO" DIRETO NO BLOG. E JÁ ENVIEI INÚMEROS COMENTÁRIOS.

PERMITA-ME PARABENIZÁ-LO MAIS UM VEZ.

POIS SOMENTE UNIDOS PODEREMOS TER UMA ATITUDE DA JUSTIÇA QUE AINDA NÃO SE MANIFESTOU.

Fotos da Manifestação de 22/05/10

Se a pessoa que tirou fotos da manifestação, quiser enviar as fotos para este Blog, ficaremos gratos e publicaremos todas! postoda214sul@gmail.com

Manifestação deste sábado - 22/05/10

DFTV 1ª Edição > 22/05/2010 > Reportagem - assista aqui o video
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1595062-10039,00.html

Moradores da 214 Sul pedem boicote ao posto da quadra

Eles organizaram uma manifestação para que a agressão ao tenente Anízio Lemos, no posto da quadra, não caia no esquecimento. O episódio completa uma semana e nem todos os agressores foram indiciados.

Faixas foram espalhadas pelo gramado em frente ao posto de combustível. Carros foram parados no Eixinho L e panfletos entregues aos motoristas que passavam pelo local. Muitos aderiram ao protesto.

Na manifestação, o pedido de boicote ao posto. “Esta é uma forma pacífica de se manifestar. Do mesmo jeito pacífico que o meu pai veio pedir pra baixar o som”, explica Mateus Lemos, filho do militar agredido.

Hoje, a agressão completa uma semana. O militar Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, foi espancado depois de reclamar do barulho no posto, que fica em frente ao prédio onde mora. Já era madrugada. Segundo a polícia, quatro rapazes participaram da agressão. Eles aparecem nas imagens dando socos e pontapés no militar. Dois já foram identificados: Daniel Benquerer, filho da dona do posto, e Edécio Borges.

Com base no laudo do Instituto Médico Legal, que revelou a gravidade das lesões, a polícia indiciou os dois por tentativa de homicídio qualificado e crime de dano ao bem público. A pena pode chegar a 13 anos de prisão.

As investigações continuam. A polícia busca os outros dois rapazes que aparecem nas imagens agredindo o militar. O problema é que nem a vítima, nem as testemunhas ouvidas até agora, conseguiram reconhecer os agressores.

Os moradores da 214 afirmam que depois do ocorrido a rotina do posto mudou. “O posto agora resolveu acordar para os problemas causados. Ontem, quando eu passei aqui por volta das 3h, tinha cones fechando a entrada do posto. Foi preciso acontecer tudo isso pra eles tomarem essa atitude?”, questiona o conselheiro comunitário da Asa Sul, Arthur Benevides.

“Uma família não pode ser invadida assim, seja com barulho ou violência. Nós somos pessoas de bem e merecemos respeito”, afirma Rosemeire Lemos, mulher de Anísio.

O Ibram cassou a licença ambiental do posto. Os fiscais verificaram o descumprimento de seis pontos exigidos na lei. Entre eles, o vazamento de combustível. A multa é de R$ 10 mil, mas ainda cabe recurso.

Maria Fernanda / Luiz Gonzaga Pinto
Fonte: DFTV - Rede Glob

Manifestação - 30 pessoas às 09:30h. Às 11:15 eram 100 pessoas, mais os carros que passavam apoiando!

Manifestantes fazem boicote a posto na 214 Sul na manhã deste sábado

Manoela Alcântara
Saulo Araújo

Publicação: 22/05/2010 10:40

Por volta das 9h30 deste sábado, cerca de 30 pessoas já estavam reunidas na altura da 214 Sul para protestar. Moradores da quadra, parentes e amigos do tenente da aeronáutica Anísio Lemos, 46 anos, fazem um boicote ao posto de gasolina onde o militar foi espancado por pedir que rapazes abaixassem a música que ouviam em frente à loja de conveniência, no último sábado.

Os manifestantes param os motoristas que seguem no eixinho com faixas e panfletos pedindo que as pessoas não abasteçam no local. Até o momento, duas faixas da via estão interditadas e duas viaturas da Polícia Militar acompanham o movimento.

Embora os familiares não tenham deixado Anísio Lemos participar do protesto para preservá-lo, o militar acompanha todo o movimento da janela de casa. O pedido funciona na manhã deste sábado e poucos motoristas entram no local com seus veículos.

Até o momento, já foram indiciados Daniel Benquerer, 23 anos, filho da dona do posto de combustíveis e um dos principais agressores, e Edécio Borges, 22, que também participou do espancamento imobilizando a vítima pelo pescoço.
Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MANIFESTAÇÃO


MANIFESTAÇÃO "BOICOTE AO POSTO 214 SUL"
DIA: 22/05/2010 - SÁBADO
HORA: 09:30 H
LOCAL: PRÓXIMO AO POSTO 214 SUL - EIXO

Vitor Fujimoto - por email

Caro (ou cara) colega,

demonstro por meio deste e-mail minha profunda admiração por sua iniciativa de "movimento" a favor do boicote ao posto da 214.

Precisamos nesse país de pessoas mais pró-ativas como você, não se acomodando e se movendo contra absurdos como esse.

Dou total apoio ao movimento. Vou divulgá-lo para os amigos.

Parabéns!

Fabrizio - por e-mail

Olá amigos, moro na 414 sul e já tinha visto as "festinhas" no posto da 214, com telão, carros com som alto e muita bebedeira.

Não abastecia lá com frequencia, mas agora nunca mais. Sou policial, casado, e fiquei indignado com a atitude do gerente-playboy

do posto e sua corja. Além do boicote, vamos fazer barulho para que a mídia pressione o MPDFT e judiciário para condenar os

envolvidos e, claro, cassar a concessão do dono do posto, obrigando a mãe do gerente-playboy a repensar seu modo de vida.

Infelizmente ele não é o único filho-da-mamãe inconsequente em Brasília, mas deve ser crucificado para que sirva de exemplo aos

outros que teimam em achar que são melhores que os outros, quando na verdade não passam de retardados e verdadeiros estrumes

da sociedade. Boa sorte e contem comigo.

Fabrizio

Binha Vieira - por e-mail

Bom dia, recebi do meu irmão o e-mail sobre o boicote ao posto da 214 sul.

Gostei muito do que vi, e gostaria de dizer que me sinto frustrada como ser humano e principalmente como brasileira, de ver tanto descaso das autoridades com relação a segurança nesse país. Precisamos de leis mais rigorosas, de leis que não beneficiem os mais abastados, devemos deixar de ser omiços para esse descaso, sair as ruas e protestar, devemos tirar a qualquer custo esses bandidos que ai estão no poder, só roubando o cidadão de bem que levanta cedo para trabalhar sem direito ao sono restaurador, sem sons de carros caríssimos, pois a grande maioria desses trabalhadores nem carro têm, quanto mais sons berrantes.

Protestar e a ordem, sejamos fortes e altivos nesse sociedade opressora, de mascarados com sorrisos fartos que te acolhem com o abraço acolhedor, e depois te esmaga como massa de pão, te suga e te deixa fraco sem forças para lutar, mais chega Brasil, força e vamos em frente. Boicote já.

Binha Vieira

Rogério Rodrigues de Oliveira - por e-mail

Parabéns pela iniciativa. Eu gostaria de reportar um barulho que o Governo faz e não controla seu ruído.

Trata-se do aeroporto de Brasília. Quando nós compramos o terreno (da Terracap - terreno bom é da Tovacap) o único projeto que havia para as imediações era uma pista ligando o Park Way ao aeroporto. Fui na Codeplan para tentar identificar qualquer outro projeto e nada encontrei.

Anos depois, iniciaram a obra de duplicação do Aeroporto de Brasília e não tiveram a preocupação do impacto ambiental.

Nossas casas desvalorizaram e eles funcionam 24 horas. Meu despertador das 3 da manhã é um cargueiro hiper barulhento que faz tremer a casa.

Sei que aeroporto é uma necessidade do mundo atual e não tenho a intenção de lutar contra ele. Mas ter um horário de funcionamento e proibir que aviões barulhentos possam utilizar aeroportos urbanos é o mínimo que deveriam fazer.

Agradeço.

Rogério

Artur Benevides - por e-mail

Gostaria de saber se existe a possibilidade de publicar este artigo abaixo na página do Blog. Grato, Artur Benevides.

Fatos como dessa agressão ao senhor da SQS 214 pelo filho da proprietária e frequentadores de uma loja de conveniência em posto de gasolina são lamentáveis e chocam a opinião pública. Retratam o despreparo das pessoas e a inversão dos valores morais, principalmente entre os mais jovens, e que acreditam que tudo podem. Um Judiciário inerte, um Poder Executivo eleito por deputados que segundo o noticiário estão, na sua maioria, envolvidos em escândalos de corrupção. Um legislativo cujos parlamentares só legislam em causa própria, que se deixam corromper na busca do poder do dinheiro e da garantia do voto. Uma polícia que está com falta de efetivo e muitos policiais sem comprometimento com a corporação. Uma fiscalização completamente inoperante, sem moral, covarde e sem iniciativa, comandada nos bastidores por políticos corruptos. A politicagem toma conta de tudo em desfavor do bem comum da coletividade. A Capital da República está vulnerável. O uso da droga toma proporções já consideradas irreversíveis. Jovens bebem cada vez mais. O estado de letargia que vemos hoje nas instituições públicas, vai ficando cada dia mais evidente e condenável aos olhos da comunidade. Está na hora de a comunidade se mobilizar contra estes comerciantes bandidos que só pensam no lucro fácil, desrespeitando regras e leis e o direito dos cidadãos de bem. Muitas das vezes, se amparam nos seus padrinhos políticos, pois o QI (quem indica) fala mais alto do que a Lei. Brasília tem 50 anos, mas já vive problemas das grandes metrópoles. Seus órgãos de Fiscalização precisam de autonomia, mão de obra em quantidade e de qualidade. Precisam de pessoas comprometidas com a sua missão. Precisam não ter medo, serem covardes na hora de cumprir com suas obrigações. Precisam de quem lhes mandem trabalhar. O que diz o governador sobre o assunto? Artur Benevides.

Postos são boates a céu aberto - sugestão da internauta E.C.

Postos são boates a céu aberto e incomodam moradores

Luiz Calcagno - correiobraziliense.com

Moradores de várias quadras reclamam das lojas de conveniência em locais de revenda de combustível. Elas funcionam a noite inteira, atraem motoristas que deixam alto o som do carro e atrapalham quem quer sossego

                               Edilson Rodrigues/CB/D.A Press
Hélio Zanatta mora na 309 Norte, em frente a um posto de combustível: "O pessoal vem beber, com som alto, e faz uma algazarra muito grande"

18/05/2010 - Após as agressões contra o oficial da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos, 46 anos, o Correio recebeu uma série de denúncias de moradores do Plano Piloto que passam pelo mesmo problema: lojas de conveniência que se transformaram em pontos de festas a céu aberto. As reclamações da comunidade seguem um padrão. Na maioria dos casos, são carros de som e pessoas bebendo cerveja durante toda a madrugada, de quinta a domingo.

É o caso do posto no Eixinho L que fica na altura da 208 Sul. A servidora pública Débora Freitas, 42, moradora do Bloco J, conta que convive com algazarras há quase cinco anos. Ela e os demais condôminos já recorreram ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e à Polícia Militar, mas a bagunça continua. “No início, o local era ponto de encontro de colecionadores de carros, e era só até as 23h, mas eles saíram e ficaram os baderneiros”, contou.

Segundo Débora, em 2005, a PM chegou a prender pessoas por tráfico de drogas no local. A moradora conta que a barulheira não se restringe aos fins de semana. “Pode ser qualquer dia, mas se intensifica de quinta a domingo. Uma vez, liguei para a polícia, e o barulho estava tão alto que o agente que falou comigo achou que eu estava no meio da festa.”

Outro morador do prédio, o representante comercial Rômulo do Nascimento Valente, 55 anos, conta que também poderia ter sido vítima de agressões, como Lemos. Ele já foi ao posto pedir para baixarem o som e chegou a discutir com alguns rapazes. “Os bares fecham e eles vão para os postos. Um vigilante do prédio, uma vez, ligou para a polícia, e mandaram ele dormir”, conta. Um dos moradores chegou a convidar pais de funcionários do posto para tentarem dormir no prédio em noites de movimento.

O gerente do estabelecimento, Francisco Carlos Pereira, ameniza a situação. Ele admite que já houve baderna, mas argumenta que a situação melhorou muito. Segundo ele, quem vai ao local comprar cerveja à noite com som alto não costuma ficar no posto. “A instrução que temos é para não ficarem aqui com o som ligado. Tem até placa informando. Por outro lado, só trabalho no turno da manhã”, comentou.

Pedras no telhado

Na 309 Norte, moradores do Bloco O também se queixam do problema. Nesse bloco, mora Daniel Benquerer Costa, 23 anos, acusado de ser um dos agressores do militar Lemos. Segundo o aposentado Hélio Zanatta, 58, já houve noites em que ele e a mulher não conseguiram dormir. A solução, acredita ele, é obrigar as lojas de conveniência de postos a fecharem às 22h. “O problema é que o pessoal vem beber, com som alto, e faz uma algazarra muito grande. O lava a jato também funciona à noite e atrapalha o nosso sossego. Moradores deram queixa na 2ª Delegacia de polícia (Asa Norte), mas não adiantou nada”, lamentou Zanatta.

Outro morador do prédio, o funcionário público Horácio Figueiredo, 53 anos, foi mais longe. Revoltado com a baderna, que chama de tortura, ele chegou a jogar pedras no telhado do posto. “É um negócio insuportável. Não conseguimos dormir à noite. A loja de conveniência fica aberta 24 horas por dia. As pessoas bebem, riem alto, ouvem música, e aquilo parece acontecer na sua sacada.” Procurado pela reportagem, o gerente do posto não quis dar entrevista nem passou o contato dos proprietários.

O que diz a lei

A Lei Distrital nº 4.092/08, chamada lei do silêncio, trata como poluição sonora qualquer emissão de som que possa ser considerada nociva à saúde e ao bem-estar das pessoas. A regulamentação limita os níveis de intensidade do som para cada área da cidade e define que estabelecimentos com nível de pressão sonora acima de 80 decibéis avisem a clientes sobre possíveis danos à saúde. A lei proíbe carros de som em áreas residenciais ou escolares e exige o isolamento acústico para casas noturnas. A multa para quem desrespeita a norma pode variar de R$ 3 mil a R$ 20 mil. Quem for notificado ainda pode ser preso por crime de desobediência, caso insista em manter o volume do som acima do nível determinado para sua região.

Fonte: Correio Braziliense

Porque Anisio foi pedir para baixar o som? Por que é um direito dele! Parabéns Anísio, tenho você como exemplo de cidadania!

Anísio foi pedir para baixar o som e a atitude dele está embasada na Lei Brasileira. Nossa Lei diz que o cumprimento das leis é obrigação do estado é DEVER DE CADA CIDADÃO. Então, quando alguém diz: "deixa isto prá lá, a Polícia resolve, o Ministério Publico se vira", não acredite! Nós também somos responsáveis pelo cumprimento das leis, cobrando diariamente! Veja abaixo, as leis sobre Poluição Sonora vigentes em Brasília e no Brasil. Veja que temos bastante lei, falta cumprir!

01) Constituição Federal, art. 225 - Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."

02) Lei Federal 9605/98, art. 54 - "é crime causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana..."

03) Código Civil de 2002, art.1277 - "o proprietário ou possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha."

04) Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei 3688/1941), art. 42, III -  É proibido perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios: I -  com gritaria ou algazarra; II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa; III: abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos. Esta lei é federal e prevalece sobre qualquer lei distrital que venha estabelecer uma "lei do silêncio" para o período entre 22/07h. Diz que é proibido perturbar e isso vale para as 24 horas do dia, não apenas para o período noturno.

05) Lei Distrital 1065/96, art. 1, I - "considera-se poluição sonora qualquer som indesejável, principalmente quando interfere em atividades humanas..." Art. 2 - "é proibido perturbar o sossego e o bem estar público e da vizinhança pela emissão de sons de qualquer natureza." Art. 3º - Os níveis sonoros máximos permitidos em ambientes externos e internos são os fixados pelas Normas 10.151, Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da Comunidade, e 10.152, Níveis de Ruído para Conforto Acústico, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Em zona residencial urbana o nível de decibéis permitido é: 55 decibéis (diurno) e 50 (noturno).

06) Lei Distrital 4092/08 - art. 2º -  É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela emissão de sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapassem os níveis máximos de intensidade fixados nesta Lei. A poluição sonora a partir de 80dB (oitenta decibéis) pode provocar úlcera, irritação, excitação maníaco-depressiva, desequilíbrios psicológicos, estresse degenerativo e pode aumentar o risco de infarto, derrame cerebral, infecções, osteoporose, hipertensão arterial e perdas auditivas, entre outras enfermidades.

Verifique os níveis de pressão sonora a que você está se expondo e reflita.

Mais Leis para este caso:

07) Declaração Universal dos Direitos do Homem, art. 5º, está escrito: "ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante."

08) Constituição Federal, no art. 5º, inciso III, garante: "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Parabéns Brasília!

Parabens Pictures, Images and Photos

Brasília mostra a sua força

Em apenas 3 dias este blog recebeu 10600 visitantes de 57 países.
Nossa comunidade no Orkut já tem 1345 participantes em apenas 24 horas.
Nosso Blog foi linkado pelo Correio Braziliense, citado no jornal "O Globo", na BandNews FM.
Nosso blog foi citado em vários outros Blogs.
A TV Brasília nos contactou para cobrir a Manifestação de sábado, 22/05/10, às 09:30h.
Os moradores já fizeram uma Manifestação na frente do Posto.
Esta notícia deu no Jornal Nacional e nos principais jornais do país.
Os videos da agressão estão no You Tube para quem quiser ver.
Dois dos agressores foram indiciados por tentativa de homicídio e não apenas por lesão corporal.
Enfim, são as pessoas de bem mostrando a força que tem!

Segundo agressor é identificado

POLUIÇÃO SONORA »

Segundo agressor de homem espancado na 214 Sul é identificado

Luiz Calcagno
Publicação: 18/05/2010 07:00 Atualização: 18/05/2010 08:16

Agentes da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) identificaram, na tarde de ontem, o segundo acusado de agredir o oficial da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos. Edécio Borges, 22, foi reconhecido e interrogado. De acordo com o titular da DP, Watson Warmling, Edécio é o que aparece no vídeo fingindo que ajudava o militar após espancá-lo. O delegado diz que ele responderá por lesão corporal, mas, após a liberação do laudo pericial, essa tipificação pode mudar para tentativa de homicídio. “Ele disse que não queria participar das agressões, mas separar. Não é o que identificamos pelos vídeos”, explicou o delegado.

De acordo Warmling, as equipes continuam nas ruas à procura dos demais agressores (sete no total). “Além disso, pedimos à Secretaria de Ordem Pública e à PM para intensificarem a fiscalização no posto, para evitar fatos semelhantes”, afirmou. Seis pessoas tinham sido ouvidas até ontem na 1ª DP. O delegado ressalta que denúncias sobre o caso podem ser feitas pelo telefone 197.

Além das imagens do circuito interno do Bloco K da 214 Sul, onde ocorreram as agressões, os policiais procuraram imagens gravadas pelas câmeras do posto de gasolina, mas eles foram informados que elas não funcionam desde abril. “Para os proprietários do posto não seria interessante ter gravações das festas que eles faziam à noite. O que produziria provas contra eles mesmos”, explicou.

Segundo Warmling, Daniel Benquerer, 23 anos, filho da dona do posto, que também participou das agressões, foi indiciado por lesão corporal, perturbação do silêncio e dano ao bem público, já que o prédio onde mora Anísio pertence à Aeronáutica — o vidro da portaria do edifício foi quebrado pelos agressores. Se condenado, Daniel pode pegar até quatro anos de prisão. O rapaz deve responder em liberdade, já que se apresentou espontaneamente no sábado. “A delegacia também entrou em contato com a Administração de Brasília, para que reavalie o alvará de funcionamento da loja de conveniência. A intenção é que eles restrinjam o horário ou até cassem o documento e fechem a loja”, concluiu o delegado.

Ontem, o clima no Bloco K era de apreensão. A loja de conveniência abriu às 13h e funcionou até as 18h. Segundo moradores, o posto ficou apagado na noite de domingo. “Depois da confusão, eles sossegaram”, disse a professora Regina Pereira, moradora do bloco. (LC)

Análise da notícia

Estado omisso

O episódio de selvageria ocorrido no último sábado, quando um grupo de seis homens que bebiam e ouviam música alta em um posto espancou um oficial da Aeronáutica que fora reclamar do barulho, deve servir de marco para Brasília. A cidade, que acaba de romper a barreira dos 50 anos, ainda não encontrou um bom termo. De um lado, os moradores reclamam dos excessos provocados por bares com música ao vivo, carros de som e festas. De outro, há uma cidade que tenta consolidar uma vida cultural e boêmia ainda incipiente.

Em qualquer cidade do mundo, moradores e frequentadores da noite convivem às turras. A diferença é que, onde o Estado é mais presente (e eficiente), o poder público surge como intermediador. Quem desrespeita as leis é de fato punido. Diferentemente do que ocorrer aqui, onde o cidadão fica impotente. Quem é responsável por fiscalizar a poluição sonora (Ibram) diz não ter estrutura. A Agefis, que tem como papel disciplinar o uso dos espaços públicos, lava as mãos. E a PM, a quem caberia coibir abusos, costuma não comparecer aos locais quando solicitada.

Enquanto isso, quem quer sossego fica desamparado. Não se está aqui defendendo a adoção de postura radical, como o estabelecimento de uma lei do silêncio. O que se defende é o combate aos abusos, chegando a um meio-termo em que os cidadãos possam conviver em paz — sem intolerâncias, de ambas as partes. Bastaria o Estado fazer seu papel. O que não vem ocorrendo.

Fonte: Correio Braziliense - 18/05/10.